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Memórias do Campo | Retrospectiva de maio

Por: Luiz Dalla Libera
16/06/2020 10:42
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O ex-prefeito de Xaxim, Santo Valentino Mattiello
O ex-prefeito de Xaxim, Santo Valentino Mattiello

Dia 1º de maio foi o Dia do Trabalhador e no dia 13 houve duas datas históricas. A mais antiga foi a abolição da escravidão, que a meu ver, essa data nem deveria existir, uma vez que os escravos que vieram da África deveriam ter sido respeitados iguais a nós, que respeitamos os nossos irmãos haitianos. Tanto os africanos daquela época e os haitianos de hoje são filhos de Deus. Jesus, na sua morte bárbara na cruz, após a ressurreição, e não condenou ou escravizou o povo judeu.

EM XAXIM

Outra data histórica aconteceu é de Xaxim, que em 16 de maio de 1977, tomou posse o sexto prefeito eleito pelo voto do povo, Santo Valentino Mattiello e uma segunda eleição, ele, portanto, foi o único prefeito de Xaxim entre os 13, que tomou posse em maio. Santo foi eleito em 03 de abril e a posse era para ser imediata, mas como a campanha foi violenta por parte dos coordenadores das duas chapas, Xaxim, que abrangia os ex-distritos de Lajeado Grande, Marema e Entre Rios, à época, o juiz eleitoral decretou, por mais de um mês, não autorizar licenças de promoções.

A campanha foi feroz sim, mas a gestão foi muito calma e respeitada. Ele foi o único que governou seis anos de um período de mandato, com sua seriedade e calma e não houve oposição, como hoje existe em todos os munícipios. Santo Mattiello plantou a sementinha da paz em terra fértil, que gerou bem e segurou o Poder Executivo do seu partido por vários mandatos posteriores. Dos últimos imigrantes de Xaxim, poucos sabem que ele foi eleito em uma segunda eleição. Após dez anos, seu filho também foi eleito prefeito em uma segunda eleição. O Santo é um dos poucos ex-prefeitos da região que estão vivos, hoje está perto dos 90 anos. Apesar disso, também trabalhou no pesado, foi maquinista de trilhadora de trigo.

APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA

Outra data é que faz 103 anos que Maria Santíssima apareceu a última vez nos montes de Fátima aos três pastorzinhos, além das crianças estavam pastoreando com as ovelhas. Um dos três segredos que Maria não revelou, será que não foi o do fato que ocorreria no ano seguinte, quando surgiu o vírus da gripe espanhola? Ou será que é esse Covid-19 que estamos enfrentando? Quem duvida? Só que o povo não cumpriu os pedidos que Maria deixou em Fátima e também em Salete, naquele tempo, o rezar mais especial era com o terço, pois não havia cultos e missas.

Em Fátima e Salete, Maria perguntou às crianças se aos domingos, dia do Senhor, elas iam à Igreja? As crianças não mentiram, disseram que só as pessoas de mais idade iam à Igreja, e já as outras pessoas, só iam quando não sabiam o que fazer nos domingos. Então, Maria disse “diga ao povo, que reze mais, meus filhos, Ele lhe deu sete dias na semana e nem o dia do Senhor é respeitado? Ele está pronto para descarregar castigos pesados sobre vocês”. Será que nós cumprimos o pedido dela?

Em 2020, não houve festas em homenagem às padroeiras Fátima e Caravaggio, em razão da pandemia, mas a devoção continua firme, porque nós temos a vida através das nossas mães. Porém, nós da graça da vida, a saúde é nossa Mãe Santíssima, junto com seu filho Jesus.

DIA DAS MÃES

Como não sou comerciante, não ia me esquecer da data importante como o dia das mães. Este dia iniciou-se no mundo por Ann Jarvis, professora da Filadélfia (EUA) , uma mulher culta dedicada às obras de caridade. Em 12 de maio de 1907, dois anos após a morte de sua mãe, criou um memorial a ela, iniciando uma companha para a criação de memorial para todas as mães vivas e falecidas. Assim nasceu o Dia da Mães, que teve adesão do povo americano.

Em 1913, o Congresso Americano fez oficialização determinando a comemoração no segundo domingo de maio. Em pouco tempo, a data foi aceita pela maioria dos países. No Brasil, a comemoração foi introduzida em 12 de maio de 1918, pela Associação Cristã de Moças de Porto Alegre. Em 1932, Getúlio Vargas sancionou o “Dia das Mães” festejando-o no segundo domingo de maio.

Eu não quero ser crítico, nem machista, dizer que o homem é superior à mulher, mas para existir a mãe depende do marido, de um pai, avô, bisavô, etc... As nossas mães são muito lembradas e recordadas pela mídia, por conta do comércio, elas gostam de ser homenageadas e presenteadas, enquanto que a mãe de Jesus Maria Santíssima não vive de consumismo e não é lembrada.

Quantas mães têm amor e alegria com seus filhos, várias mães passam tristeza, recebem seus filhos mortos em seus braços, como Maria recebeu o filho morto na cruz. Quantas mães têm os filhos com boa saúde, mas mortos drogados pelos vícios? Em nossas comunidades, há centenas de mães diferentes e desiguais, porém no direito à cidadania, elas são iguais e perante a lei de Deus, também não há a preferida ou escolhida.


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